quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Conhecimento

É um saber confortável, daqueles que te fazem sentir um calorzinho gostoso por dentro. Alguém ama você.

"Eu te amo". Era só uma frase estúpida, escrita num pedaço de papel ainda mais estúpido. Mesmo assim, sem que ela quisesse, a ideia fez morada em sua mente, e ficou lá, imersa em pensamentos, e foi tomando forma - como um saquinho de chá, que fica muito tempo na água quente e vai produzindo uma infusão cada vez mais encorpada, perfumada, densa e escura.

Desdobrou-se e deu crias em sua imaginação: quem seria? Seria um cara ou uma garota? Será que ela iria descobrir quem era? Ou ele/ela lhe diria? A curiosidade a estava consumindo, e lembrou-se de um momento distante, quando encontrou dentro de sua agenda adolescente um desenho do Garfield com um balão de pensamento que continha a mesma frase. E pensou também que a pessoa do passado - até hoje ela só desconfiava de quem poderia ser - tinha perdido uma oportunidade preciosa de felicidade. A pessoa do bilhete - no presente - iria pelo mesmo caminho?

E ainda assim, no anomimato de sua revelação, a tal pessoa estava enchendo de um colorido diferente os seus dias desde então, e ela olhava a sua volta com um sorriso nos lábios, palavras doces para quem quer que a interpelasse. Um amor assim não deve jamais ser descuidado. E devia ser um amor bem bonito, cheio de verdade e pungência - muitas palavras não ditas - e até trilha sonora!

E de pensar nesse amor, ela foi ficando mais bonita...


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