sábado, 2 de janeiro de 2010

Nota da autora

Aos meus queridos amigos - que se tornaram leitores e passam por aqui - e aos meus leitores - queridos por sê-lo...

Desejo, em primeiro lugar, um excelente 2010 a todos. Desejo poder continuar enchendo esse espaço virtual com minhas palavras. E finalmente, desejo que continuem voltando...

Muitas idéias, pouco tempo... Esse mês - e esse ano - começo publicando Drummond. Explico: ganhei uma coletânea de presente de Eduardo, e está sendo interessante revisitá-lo... É esse amor de que ele fala que entrego aqui, sem reservas, a todos e cada um de vocês - e também a mim mesma.

As Sem-Razões do Amor
(Carlos Drummond de Andrade)

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.

Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.

Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.


Nenhum comentário:

As regras do rolê

As regras do rolê são bastantes simples: Fode, mas não se apaixona. Se apaixonar, não fode mais, pra não se foder depois. Tudo o que te ...