Houve uma época que o som de sua respiração era o parâmetro de sua existência. Mas alguma coisa estava faltando, e por todos os deuses ela nem saberia dizer o que era! Algo nele tornara-se exasperante e imperfeito, e onde antes só havia alguém como ela agora havia um impostor. Talvez fosse isso. Talvez nem fosse ele, mas um dublê de corpo, uma réplica moldada à sua imagem, para confundí-la e ameaçá-la.
Se algum dia a sensação de incômodo a deixasse... Ah, ela seguiria em frente, como uma mulher adulta, cabeça erguida, nada para trás. Mas a verdade gritando em seus ouvidos era ensurdecedora e cruel. Aquilo, aquele mal estar, nunca acabaria. E a cada dia ele se imporia, até que ela tomasse a decisão e fugisse dali.
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