sábado, 25 de julho de 2020

As regras do rolê

As regras do rolê são bastantes simples:
Fode, mas não se apaixona.
Se apaixonar, não fode mais, pra não se foder depois.
Tudo o que te incomodar no rolê, fala.
Se não falar, entuba, engasga, e sufoca essa porra até o fim.
Joga limpo, e não entrega as cordinhas do teu boneco na mão do titereiro.
Se deixar esse puto brincar contigo, a merda tá feita, e não me venha chorar no ombro depois.
Parece complicado pra quem vê de fora, mas nem é. E sempre você acaba cagando alguma prerrogativa dessas, mas não vale a pena, e causa um estrago que pode te amarrar, e quem é da bagunça não quer esse negócio de "Sorte de amor tranquilo, com sabor de fruta mordida". Quem é da bagunça quer o fuzuê, aquele monte de boca e pau e buceta e bunda, e carne, carne dura, carne macia, carne cheirosa e quente, cheia de vontade. Carne suculenta dos caldos que só tesão do bom produz.
O perfume da bagunça nos lençóis do meu quarto, eu olho pro lado e só veio ele.
Porra, porque só veio ele? A gente combinou nós 3.
- Ela não quer vir, ele disse. Falou que não quer me dividir com você.
- Porra, Mau... a questão é que eu quero é ela. Você aqui é pra ela não se sentir estranha quando eu mergulhar a língua inteira naquela bucetinha doce dela, não ficar pensando que ela tá virando lésbica, que isso ela não é. Rola eu tô acostumada... ah, buceta também! Mas eu quero a dela, e que se foda se tu trouxe a rola pra cá, caralho. Não quero, não vai rolar.
- Aí, tá vendo como tu é foda? Me despenco pra cá nesse estado, e tu me nega a baguncinha que a gente faz!
Nisso ele bota a caceta pra fora, aquele cabeção lustroso, bonito, rolição... eu sei que a rola dele é linda, e sei que ele é um puto bem gostoso, mas não tô a fim. Viro a cabeça pro lado, ele dá a volta na cama e esfrega a rola na minha cara. Fico puta e empurro ele. Ele perde a linha e as estribeiras. Segura meu braço com força e me aperta tanto que eu sinto o lugar os os dedos dele estão afundando. Solto um gemido de dor, os olhos dele brilham com raiva e sandice. "Fodeu", eu penso, e tento me desvencilhar daquele aperto para sair do quarto antes que ele faça merda... mas ele já tinha enchido a cabeça de pó antes de entrar aqui em casa, e eu percebo talvez com alguns segundos de atraso que perdi. Ele pira com a minha tentativa de fuga, pega o lado direito da minha cabeça com a mãozona espalmada e bate com o lado esquerdo dela no portal, do lado da cama. Roda tudo.
Acordo com ele gemendo e me xingando, enquanto enfia a rola sem dó na minha buceta. Eu não estava a fim, ele estava era me estuprando. Me bateu, me desacordou, me violentou. A cara dele, uma máscara louca, em nada lembrava o cara lindo de um metro e noventa que entrou pela porta todo gentil. A gente pensa que conhece o cara porque ele entrou no nosso esquema da bagunça e conhece as regras do rolê, mas não dá pra confiar em ninguém, e se o cara que me introduziu na bagunça me visse agora ia jogar na minha cara: "isso aí é pra tu deixar de ser trouxa! Tô te falando que não se pode confiar em ninguém faz quantos anos? Babaca só se fode, bem feito!"
Fico aqui olhando pra ele e tentando me transportar pra longe, sair de cena, mas ele dá na minha cara e diz que sabe que eu tô gostando... o escroto deve ter esquecido que quando eu gosto eu molho a cama de tanta lubrificação. Tô seca, mas a pele logo rasga e ele vai achar que eu tô me empolgando, quando o sangue escorrer. Ele me vira de lado, tira da buceta e estoca no meu cu sem fazer a cerimônia do dedinho. Grito, porque cu não é todo dia, pra mim é concessão, e hoje ele só tá merecendo é que eu encha ele de porrada. O problema é que eu ainda tô tonta do nocaute, e pela dificuldade que eu tô tendo de abrir o olho esquerdo, ele provavelmente tá coberto de sangue.
Esse cretino maldito vai me pagar.
Ele não segura a onda do próprio tesão e sinto a porra escorrendo de mim. Ele sai de cima, se rindo todo. Ele vai lamentar ter saído de casa hoje. Enquanto ele vai pro banheiro se lavar, eu me arrasto pra fora da cama como posso. Tô toda ferrada, mas ele vai sair daqui ruim também.
Na gaveta onde os consolos moram, pego uma cinta-caralha e coloco um dildo bem grosso nela. ali também mora uma arma de choque, coisa que tem masoquista que goste, mas esse merda que tá aqui é vaidoso demais pra curtir porrada... vai detestar. Esse pensamento me traz um riso de canto de boca e estampa ele na minha cara. Conforme me mexo, percebo que tô toda roxa e dolorida, e imagino com um estremecimento pelo corpo todo o tanto de barbaridade esse fodido me fez antes de eu acordar... maldita a hora que eu tirei as câmeras escondidas que filmavam a ação aqui em casa... (Ainda bem que eu mandei tirar essas merda. Não ia ter como eu assistir. Melhor não saber.)
Ele volta pro quarto, e eu percebo que ele cheirou mais. Esse puto tá muito viciado, já ia cortar ele da bagunça mesmo... uma pena eu ter que estragar essa carinha de anjo que ele tem. É lindo, mas é podre, e eu prefiro que as manas não tenham vontade de dar pra ele nunca mais. Eu estou escondida atrás da porta do armário, ele não me vê, então chama meu nome e vai na direção da porta do quarto novamente... e leva um choque violento na perna esquerda. Caiu igual um boneco.
- Hoje eu não enxergo mais, hoje eu não sento mais... tomara que quando eu acabar contigo você ainda esteja respirando...

domingo, 29 de abril de 2018

Obviedades

E se meu corpo anseia pelo seu, não é óbvio que eles se toquem?
E se a minha boca tem beijos para beijar, não te parece tão certo que eles sejam seus?
E se o encaixe perfeito estiver garantido, não é quase gravidade que o traz pra perto de mim?

Eu sinto um cheiro e viajo... a memória é máquina do tempo e eu me permito sonhar. Quero seu corpo mais uma vez. A sua alma tem outros propósitos, e desengajo dessa cruzada imaginária de fazer que seja uma exclusividade, esse momento, esse lugar, tantos outros e nenhuma certeza para além do agora. Era uma vez uma menina, ela tinha 18 anos e se fez mulher; era uma vez uma mulher, ela tinha 27 anos e acreditava em para sempre; era uma vez uma pessoa, ela tinha 32 anos e descobriu que o amor vem de dentro, na forma de outra pessoa pra chamar de filho. Era uma vez ela de novo, 37 anos, redescobrindo a paixão. A paixão como antes, como nunca, como nunca mais. Era uma vez um coração partido e todas as possibilidades de uma nova vida que se desenrolava no seu ventre, outra vez; era uma vez a dor e a delícia de sentir o vento frio nas costas nuas numa manhã de outono. Era uma vez o turbilhão e a paz e a verdade por detrás de cada palavra.

Chegou o presente e o coração está em tudo. Sem máscaras nem meias verdades, ela é toda inteira e a primavera não é só mais uma estação, é um lugar e um estado de espírito, e o espírito é livre para ir onde os pés não alcançam.

O corpo novamente, a sede do presente, e tudo girando ao nosso redor. Quem dera, menos força e mais jeito, menos boca e mais peito, suas mãos na minha mão. Eu te pego e te ajeito no agora, e não guardo nada pra amanhã. Não me queixo nem me gabo, e faço espaço nas memórias para mais essa aventura.

Você não sabe, mas vou contar: o caderninho tem começo mas não tem limite de páginas, e não está preso às regras da edição. Tudo o que houve e o que há e ainda o que virá está sendo, é e será. Eu decerto nunca esquecerei, e você diz que jamais esquecerá.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Feira livre

O feirante é um gigante. Tem, no mínimo, um metro e noventa! Toda quarta-feira é dia de tentação: ele fica lá, no meio da feira, fazendo uns malabarismos hipnóticos com as frutas que comercializa na sua barraca, e eu venho olhando, atraída como uma mariposa para o lampião. Ele me encara direto, um sorriso aberto, de dentes brancos e grandes, e eu sempre desvio o olhar quando chego bem pertinho: olho para o chão, sem nem bem saber por quê. Sou dessas que evitam a tentação, sempre que possível!

Sempre que possível.

Hoje não deu. Acho que eu estava mais suscetível, ou foi o calor do dia, a luz da manhã... a gente arruma desculpa fácil, é só ter um pouco de imaginação. A verdade é que isso era uma questão de tempo. E tempo, hoje, eu tinha. E a vontade... bem, a vontade eu tenho desde sempre, desde que botei os olhos nesse homem pela primeira vez, há três anos, quando me mudei para esse endereço. Deixa eu contar o que aconteceu, parar de enrolar a audiência e de arranjar subterfúgios...

O meu roteiro na feira é sempre igual: eu chego pela peixaria, escolho o que vou levar para o almoço e peço ao rapaz que pese enquanto eu vou olhar o restante da feira. Normalmente isso significa dar uma volta, pesquisar os preços e resolver onde vou comprar as verduras, legumes e frutas da semana. O único lugar que não varia é a peixaria, mas os outros barraqueiros não tem a minha preferência, não. A não ser o deus das frutas... Garota, que homem é aquele? Sabe quando o cara não é exatamente sarado, mas é tudo de bom? Então... braços fortes, umas coxas grossas e uma barriguinha mínima, mas que dá o tom da humanidade ao sujeito: sem a barriga, você olha e tem a certeza de estar de frente para uma divindade romana, ou um modelo de cueca, sei lá. O fato é que eu dou essa passeada pela feira só para ter pretexto de passar por ele duas vezes por semana. Normalmente é só aquela ceninha, parece até que rola ensaio, ele lá, se exibindo nos malabares vegetais e eu olhando, olhando, olhando... até desviar o olhar para os meus pés. E sair batida. Ele já tentou gracejar, já esperou eu falar alguma coisa, já fez que ia falar! E eu, só encarando a rasteirinha e passando batida, que me faltou coragem esses três anos. Nem uma frutinha eu comprei para puxar assunto, nem apalpei as maçãs, nem conferir as bananas. O jeito que ele me olha me deixa tímida como uma virgem vestal. Mas como tudo que vai, volta, eu passei por ele no roteiro de ida... e ele me segurou na volta. Simplesmente sumiu do lugar onde fica todas as quartas! E eu fiquei caçando o cara, nervosa de perder o espetáculo do feirante... e ele se materializa na minha frente, bloqueando a passagem e me desconcertando de uma forma que me impede de fazer a minha cena. 

− Bom dia, freguesa! Não vai nem dar uma olhadinha nas frutas hoje? − fico estática, sem saber o que fazer, por uns bons 5 segundos, queixo caído, cara de abobalhada... e respondo:
− Bom dia... eu ainda não decidi... o carrinho vai ficar pesado...
− Ah, mas isso não é problema! Eu levo para você! Moça bonita não carrega peso!

Sem escolha, me aproximo da barraca de frutas que ele comanda. Nunca tinha reparado que, além dele, mais dois caras trabalham ali. E nem repararia jamais. Eles devem ser irmãos, mas o meu feirante destoa! Realmente, as mercadorias que ele tem para vender são bem superiores que as das outras barracas, mas eu não sou luxenta, e sempre dá para garimpar coisas boas por um pouco menos de dinheiro... mas de hoje não passo, e então escolho automaticamente algumas peras e maçãs, e ele oferece mais uns caquis, que eu acho por bem levar, mais para me desembaraçar daquela saia justa logo de manhã. Quando termina a seleção, tenho tantas frutas no carrinho que vai ser difícil consumir em uma semana... puxo a carteira e já estou pagando a despesa, muito mais grana do que eu esperava gastar na feira inteira, quando ele insiste em me dar um bom desconto. Olho surpresa para ele, que sorri para mim e diz, ao pé do meu ouvido:

− Se eu trabalhasse só, você levava tudo de graça, só pelo gosto de te ver de perto...

Garota, gelei. Gelei de uma forma que eu nem sabia mais onde eu estava, nem o que eu tinha que fazer depois! Ele percebeu o meu estado, sorriu de novo e disse, dessa vez em voz alta:

− Você vai buscar alguma coisa no peixe, boneca? − o safado presta a maior atenção no meu roteiro... de qualquer forma, me situo rapidamente e respondo.
− É, deixei pesando...
− Eu acompanho você. O carrinho ficou pesado, e eu prometi que levava pra você.
− Ah, não precisa... 
− Precisa, sim. Eu sou um homem de palavra.

Nós dois rimos: eu, de nervoso; ele, confiante. Sinto que tem alguma coisa acontecendo que eu não estou captando, como se eu fosse personagem na história dos outros... tadinho. "Queridinho", pensei, "a escritora aqui sou eu, a história é minha, e eu sou protagonista nessa novela!" Organizo meus pensamentos, e enquanto ele me acompanha eu já estou refeita. Entabulo uma conversa engraçadinha com o peixeiro, que é um coroa bonachão e muito bem humorado. Gosto de conversar com ele, acho seus comentários inteligentes, e é por isso que ele tem a minha preferência. O feirante fica olhando, prestando atenção na conversa. O peixeiro vira para ele e pergunta:

− Vai escoltar a moça para casa, Denilson?
− É, prometi, seu Evaldo! Ela tá levando muito peso, é até judiação uma moça linda dessa carregar tanto peso...
− Pois é, eu sempre digo a ela que isso é trabalho para homem, mas essa moça é feminista, sabe como é...
− Pois eu acho até bom, sabe? São umas mulheres muito mais interessantes! − os dois ali, assuntando a minha pessoa, e eu escutando!
− Olha só, pessoal, o papo tá muito bom, mas chega de me colocar na berlinda, ok? Denilson, a gente vai andar um bocado, ok? É na rua de trás. Tchau, seu Evaldo! Boa semana para o senhor!
− Até pra semana, dona Suzana! − eu gosto tanto desse coroa que até o trocadilho dele me agrada! Toda semana essa rima boba, e toda semana me arranca um sorriso...

Seguimos em silêncio por alguns metros, até sumirmos das vistas do pessoal da feira. Quando a distância é segura, ele entabula uma conversinha:

− Até que enfim você parou na minha banca, boneca! Achei que nunca eu ia conseguir trocar duas palavras com você na vida!
− Ah, é? – faço a espantada. − Não imaginava que você me acompanhasse assim, com tanta atenção...
− Para com isso, garota. Você me saca e eu te saco, e tem um tempão isso. Eu juro que já até assuntei por ali se você era casada, recatada, freira... essas coisas, porque vou te contar, que mulher encabulada dos diabos, você!

Nessa hora a gente deu umas boas gargalhadas, ele relaxou um pouco a pressão e começamos a conversar mais à vontade:

− Mas me fala: por que você queria tanto que eu parasse na tua banca? Vai dizer que eu sou a única mulher que passa naquela feira e fica te olhando?
− Não. Mas é a única que me interessa.

Ele me deixa sem fala, e é uma coisa boa, porque a gente já está chegando no meu prédio, e o porteiro está no jardim da frente, de papo com a maior fofoqueira da terceira idade que eu já conheci! “Que se danem!”, eu penso de cara. Não devo nada a ninguém, sou solteira, livre e independente, pago meus impostos e a taxa do condomínio! O que eu faço da minha vida é problema meu e só meu! Como ele não sabe disso, fica empacado no portão de entrada.

− É por aqui, Denilson. – e para os dois de paus que pararam de conversar para me ver entrando com o Apolo das frutas – Bom dia, dona Eulália! Bom dia, Osvaldo! – como os dois respondem entre dentes, sigo em frente pela entrada de serviço, e aperto o botão do elevador. A situação constrange o rapaz, e agora eu fico sem saber o que dizer. Entramos no elevador e o silêncio me deixa desconfortável, mas não tem jeito, agora ele vai puxar o carrinho até a minha cozinha... eu nunca tinha reparado como esse elevador é lerdo, pelamor! Saímos para o corredor, eu abro a porta e ele entra na minha frente. Eu encosto a porta, e já estou agradecendo, enquanto pego uns trocados para gratificar o homem, quando percebo que ele foi até a porta e passou a chave nela. Estamos nós dois sozinhos na minha casa: eu e o gigante da feira.

Ele não perde a chance: me enlaça pela cintura com um braço, segura o meu rosto com a outra mão, levanta o meu queixo e me tasca um beijo molhado, delicioso. Ele é tão rápido nessa manobra que eu fico de pernas bambas, sem saber o que está acontecendo. Quando o beijo acaba, ele dispara:

− Acho que eu ia explodir se não beijasse você.
− Menino, que louco isso! Eu achei que você ia embora do jeito que chegou.
− Ah, mas não mesmo. Agora eu só vou embora quando você me mandar.
− Então é melhor os teus irmãos serem capazes de dar conta daquela banca de frutas sozinhos... você vai demorar um bocado aqui.

Pego sua mão direita e o conduzo até a sala, sento no sofá e o convido a sentar do meu lado. Ele me atende prontamente, e já me agarra de novo. Dessa vez, o beijo vem acompanhado da devida apalpação. O cara não podia ser assim tão gato à toa! Além de ser lindo, entende do riscado. Ele explora o meu corpo todo com as mãos espalmadas, sem pressa e sem muita pressão, mas eu consigo sentir a força daquelas mãos enormes enquanto elas tocam meus seios, minhas coxas, minha barriga. Ele levanta a minha saia e segura meu bumbum, apertando firme.

− Você é toda deliciosa... eu adoro sentir você com as mãos... tá ficando aflita? – eu respondo a pergunta dele sentando no seu colo, pegando sua mão e colocando sobre o fundo da minha calcinha.
− O que você acha? – ele afasta o tecido e toca a minha buceta, deslizando as pontas dos dedos devagarinho e sentindo o quanto aquele amasso tinha me deixado excitada.
– Eu acho que tirei a sorte grande! Eu tô de olho em você há tanto tempo, menina, que agora vou aproveitar essa sorte com muita calma...

Ele diz isso, e revira os olhos: estou apalpando o pau dele por cima da calça, e não sei se ele vai se aguentar, de tão duro que está! Eu abro o zíper dos jeans dele e o pau salta para fora: eu já tinha percebido que ele estava sem cuecas, e essa confirmação me deixa louca de desejo. Começo a punhetar aquela piroca linda sem pressa, e ele continua me tocando de leve, enquanto nos beijamos. Ele tem uma língua macia, doce e quente, que me faz imaginar coisas, e me toca suavemente, mas sabe direitinho o que está fazendo, e eu sinto que vou gozar... não consigo manter o ritmo da punheta, e ele para de me beijar para olhar para mim enquanto eu gozo. Ele me pede para abrir os olhos e olhar para ele. Ele gosta de ver o que acontece na hora do gozo, e eu deixo. Já fazia um tempão desde a última vez que eu gozei tão gostoso, e digo isso a ele. Ele então diz, com um sorriso safado na cara:

– Bem, eu espero que essa seja a primeira gozada do seu dia. A última vai depender só da sua hora...
– Eu tô de folga hoje, gato. Você tem todo o tempo que precisar. Eu só não sei se você se aguenta...

Ele ri e me ataca imediatamente. Nem tenho tempo de me posicionar para fazer um boquete nele, o cara me põe sentada e cai de boca em mim, me deixando sem opção de 69! E, como eu imaginei, aquela língua macia evolui que é uma beleza ali também. Eu gozo rápido, mas é um gozo tão intenso que me sacode inteira, e me deixa meio desnorteada. Aí ele me pega no colo (nossa, que homem forte! Isso me excita ainda mais, os braços dele sustentarem meu peso com tanta facilidade) e me põe no chão da sala, em cima do tapete. Só nessa hora eu tiro a camiseta e me livro da saia e da calcinha. Ele me deixa fazer isso enquanto tira a camiseta branca e se livra da calça jeans, revelando aquele corpo espetacular e humano. Ele não parece uma escultura, é um cara que você vê por aí, na feira livre. Mas é um deus, lindo e delicioso.

Ele fica me admirando, nua, deitada no chão onde ele me colocou. Ele está de joelhos na minha frente, entre as minhas pernas. O pau dele está tão duro, tão ereto... e ele mantém o controle. Me pergunta se eu tenho camisinha, diz que tudo bem se eu não tiver, que ele pode ficar na vontade. Esse homem não existe, e eu digo isso a ele. Faço que vou me levantar para buscar a borracha, e ele me impede, diz que pega, para eu dizer onde tem. Eu aponto para o banheiro, e ele vai até lá e volta já vestido. Acho lindo esse lance de me servir, é o que ele está fazendo. Normalmente eu tomo atitudes. Dessa vez, estou à mercê desse homem, e mesmo assim, ele está me servindo...

Ele se ajoelha novamente entre as minhas pernas, e dessa vez não faz cerimônia: ele se deita sobre o meu corpo e eu solto um gemido baixo e rouco quando sinto o pau dele invadindo a minha buceta, estocando fundo e com vontade. É um pau lindo, já te disse isso? Nossa, e como é grosso! Eu já tinha percebido isso, mas agora, ele dentro de mim, a sensação é maravilhosa. Ele geme junto comigo, e está se controlando. Sei que ele quer segurar o gozo, meter muito, por muito tempo, até me ver gozar de novo. Então eu sugiro que ele me deixe ficar por cima, só um pouquinho.

– Claro, minha boneca. Você pode tudo.

Ele se senta no chão, e eu sento em cima dele, controlando a velocidade e a profundidade da penetração, até encontrar um ritmo que é bom para nós dois. Ele está dando sinais de que está no limite, e então eu dou o tiro de misericórdia:
– Gato, vem comigo? Eu vou gozar de novo...

E aí ele me surpreende! Respira fundo, segura a onda e eu acabo gozando, perdendo o ritmo e deixando o corpo pender sobre ele. Aí ele me pede, bem baixinho:

– Agora fica de quatro, meu anjo. Eu vou me acabar em você do jeito que eu gosto...

Ele nem precisava pedir com tanto jeitinho, eu já estou à disposição dele mesmo: me ponho de quatro, empino o bumbum e deixo ele se divertir. Ele mete tão gostoso, a rola dele me preenche tão perfeitamente... eu gozo junto com ele, num cachorrinho de tirar o fôlego, ele envolve a minha cintura depois do gozo, e me faz deitar por baixo dele, sentindo o peso daquele homem grande, relaxado, depois do orgasmo. Sinto a sua respiração voltando ao normal, e ele tira o pau de dentro de mim sem me soltar.

– Posso ficar mais um pouquinho?
– Claro, lindo... você pode tudo.
– Mesmo?
– Claro que pode!
– Então me dá dez minutos? Eu quero te comer mais uma vez.

(O ministério da saúde adverte: uma dieta balanceada inclui frutas. Muitas frutas...)

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Chiado

O ruído inconveniente às quinze para as seis da manhã me acorda muito antes da hora. Irritadiça eu sempre sou, ainda mais numa situação como essa: o vizinho e o seu barbeador elétrico no apartamento do lado parecem estar ali, sentados do meu lado na cama, me oferecendo um café e perguntando se diabos eu dormi bem. Nem o gato acordou ainda, e eu, que trabalhei até às três essa madrugada estou aqui, ouvindo o cara fazer a barba enquanto o rádio dá as primeiras notícias do dia. Fala sério, que porra de engomadinho é esse filho da puta que me acorda a essa hora como se tivesse o direito! Não tem o tal do horário de silêncio, não? Engraçado isso: se você é notívago, e não importa o horário que resolve teus trampos, os vizinhos se incomodam com as suas luzes acesas até altas horas, e se você precisa de inspiração, nada de rock'n'roll, nem baixinho! Te vira num fone! Já teve uma vaca, a cretina do 703, que até reclamou com o síndico do cheiro de café que vem da minha cozinha na madruga, diz que atrapalha o sono dela, e eu nem café mais posso fazer de janela aberta! Enfim, o fato é que o mauricinho está se barbeando com essa porra elétrica dele, escutando CBN, que ninguém merece, e se eu for reclamar, nego ainda me joga na cara que é horário de sair para o trabalho, que é normal as pessoas estarem se arrumando essa hora. Normal.

Normal é o Capeta atentar a pessoa a qualquer custo, tirando a sua paz numa terça de manhã. E como eu fiquei inquieta, resolvi também que, se o Capeta atenta aqui, há de atentar lá. O mauricinho fica me olhando de soslaio no elevador, todo dia com aquela cara de não comeu mas bem que gostou... ele pode até ter acordado cedo, mas vai se atrasar hoje...

Pulo da cama, vou lavar o rosto e escovar os dentes e decido tomar uma chuveirada rápida. Passo um óleo perfumado no corpo todo, coloco um baby doll mínimo e vou espreitar o cara do olho mágico. Ele mete a chave na porta e sai para o corredor, aperta o botão do elevador e eu dou um gritinho assustado, do lado de dentro de casa. Ele fica alerta, eu percebo que está curioso e apreensivo. Vai ser moleza!

 Socorro!  eu grito de novo, cá de dentro. Ouço seus passos enquanto se aproxima da porta da frente, ele bate de leve e pergunta:
 Tá tudo bem aí, vizinha?  abro a porta de repente, ele está com o ouvido colado na porta e desequilibra.
 Ai, me desculpa... É que tem uma aranha enorme na minha cozinha... Você me ajuda com isso? Tenho pânico de aranhas! percebo que ele fica dividido entre a necessidade de dar de macho e impressionar a vizinha gostosa e a hora de chegar ao trabalho.
 Não quero te atrapalhar, desculpe... você deve estar indo para o trabalho...
 Não, não! Imagina, é coisa rápida. Eu te ajudo com isso em dois tempos, e ainda chego antes da hora!  ele se gaba, todo-todo. Pato. Patinho. Vai se atrasar e é muita coisa...
 Ah, obrigada! Nem sei como esse bicho horrível veio parar aqui dentro...

Ele entra na cozinha resoluto, me pergunta onde eu vi a aranha. Eu aponto a pia, ele se aproxima e não vê nada. Eu chego bem perto, olhando na cara dele antes de olhar para a pia, e percebo a deixa: o queixo dele caído, os olhos dentro do decote mais que generoso do baby doll: no movimento, o peitinho direito pula para fora, toda vez isso acontece, e o cara nem consegue piscar, hipnotizado que está. Então, eu manobro o corpo para ficar entre ele e a pia, de forma que a minha bunda roça o volume do pau dele, dentro da calça. Pronto, está feito. Só mais um pouquinho de charme agora...

 Nossa, acho que só de você entrar aqui já assustou a aranha e ela fugiu rapidinho. Também, um homem desse, tira o sono de qualquer vizinha, a pobrezinha da aranha não teria a menor chance...  ele fica embasbacado, e eu não dou-lhe tempo para sair da situação: viro de frente para ele e sapeco um beijo de língua, daqueles bem molhados, que fazem molhar outras partes da anatomia da pessoa. O cara nem sabe o que está lhe acontecendo. Meto a mão por entre os botões da camisa branca e desabotoo só uns três, mas faço espaço para acariciar seu peito, caço o mamilo e ele não perde tempo! Com a mão esquerda segura o peitinho que pulou para fora, e com a direita abre o cinto e desabotoa a calça. A gente se entende num instante.

 Acho que você vai ficar meio amassado...
 Não esquenta, de onde eu tirei essas roupas tem outras passadas também.

Um sorriso sacana resolve a parada, e ele me puxa para cima, vira o corpo e me senta na bancada da pia. Aproveito para meter a mão dentro da cueca e descubro, para a minha total felicidade, que o mauricinho tem um pauzão muito digno! A minha cara de surpresa e gratidão arranca dele uma risadinha safada e o pau pulsa na palma da minha mão.

 Você não imaginava que o apartamento do lado também podia funcionar como playground, né?  adoro o jeito como esse mauricinho fala essas coisas, como se por detrás daquela beca engomadinha se escondesse um tremendo putão... começo a gostar tanto que quase esqueço que isso aqui pode até ser uma foda, mas é também uma vingança: vingança contra o maldito barbeador elétrico e a porra da CBN! Se eu perder o foco, vou me empolgar rápido demais, ele nem vai ter trabalho e não vai se atrasar nadinha! Não, não mesmo. First things first:

 Me fala uma coisa, vizinho: por que é que homem acha que basta ter um pauzão que está tudo garantido? Deixa eu te falar uma coisa: aqui, pauzão e piruzinho trabalham igual. Não dou vantagem nem lambuja! Vai ter que suar a camisa para garantir o replay...
 Nossa, mas assim você me desafia! Tá duvidando que eu entenda do riscado?  nessa hora eu quase amarelo, me dá um dois tempos, fico meio com medo de intimidar demais e sei lá, brochar o cara... mas quer saber, ele é bem competitivo. Então eu arrisco:
 É, estou sim!

Ah, é a deixa! O cara fica pilhado e decide me virar do avesso. Eu não vou reclamar de mais nada, que começa um rala e rola delicioso, as mãos dele hábeis estimulando a minha pele inteira, eriçando os meus pêlos e me deixando excitada além da conta. Eu acabo de desabotoar sua camisa e ele se livra dela em um segundo. Abre a torneira da pia e molha as mãos na água gelada, me provocando os arrepios mais alucinados por todo o corpo, e eu nem sei como mas já estou nua! Ele dá um passo atrás, para se livrar da calça e das meias, e fica me olhando.

 Sabe que você é ainda mais gostosa do que parece? Olha que eu te saco faz um tempão, e já toquei foi punheta para você, vizinha, mas não podia imaginar isso tudo! Que delicinha, você...

E lá vem ele, cheio de vontade... como é que pode uma vingancinha cretina como eu virar uma foda histórica? Pois é, o Capeta atenta sabendo o que faz! E eu, que estou acostumada a desconcertar os carinhas, fico aqui com essa cara de boba, ouvindo um elogio desse logo cedo, muito antes da hora do gato acordar... Deus abençoe o barbeador elétrico! Ele passa as mãos por baixo da minha bunda e alcança a boceta com a ponta dos dedos... desliza pelos lábios e toca o clitóris antes de ir fundo. Nessa manobra eu quase-quase, ele percebe e dá risada:

 Tá vendo, pode me dar trabalho, que eu gosto pacas... só de sacanagem, vou te fazer gozar umas três vezes antes de te encher de porra... e você vai gostar tanto que vai virar minha comidinha...
 Ah, queridinho, não se engane! Esse é o tipo de foda preguiça que eu estou querendo, então seremos comidinha um do outro...  os olhos dele brilham quando ele entende que aquilo pode muito bem se repetir ainda hoje de noite, quando ele voltar do trabalho. Dá para sacar que ele está cansado de masturbação!
 Um cara com uma habilidade dessa se acabando na punheta... que desperdício. Nunca mais, ouviu? Nunca mais você vai desperdiçar ereção enquanto eu estiver disponível, ok? Ficou de pau duro, bate na minha porta e pede açúcar, que eu te encho de mel, seu puto!

Ele pira e me pega no colo. Me leva até o sofá e me bota de quatro. Eu fico achando que vou levar pica e ele começa a me lamber como um gatinho! Que delícia... Eu começo a ficar impaciente e peço que ele me coma de uma vez. Ele tira a cara de lá e responde:

 Mas eu estou te comendo... você ainda precisa gozar gostoso antes de levar a rola que merece, minha gatinha safada...  e enfia a cara lá de novo, não me aguento e estremeço inteira, sem nem disfarçar a intensidade do orgasmo. Ele fica todo orgulhoso, lambuzado como está, sabe que está mais que agradando, e mesmo assim não desiste! Quer provocar uma impressão incrível, né? Conseguiu. Ele me abraça forte, me senta no seu colo e eu sinto aquele pau tão duro entre as minhas coxas. Ele sorri e me pede uma camisinha. Levanto do seu colo, pego sua mão direita e o levo até o meu quarto, onde fica o estoque, na gaveta do criado mudo. Abro a gaveta e pego a primeira que vem, é extra grande e ele ri, me pergunta se estou sempre preparada. Eu nem respondo, abro a camisinha e visto aquele filhote enorme rapidinho.

 Estou querendo te cavalgar...  ele senta na beirada da cama e me chama.
 Senta aqui, minha amazona. A rola está prontinha para você.

Tenho que admitir que a sensação é ainda melhor do que eu imaginava, eu sinto que vem outro gozo logo logo, e dou risada. Ele me pergunta se pode deixar rolar, e eu só balanço a cabeça afirmativamente. Intensifico o ritmo do galope, sincronizo com a respiração dele. Pode até ser um putão, mas eu também tenho minhas manhas... Ele vibra, o pau pulsa e eu sinto os espasmos que anunciam seu gozo. Aí me solto e deixo que as ondas de tensão percorram minha coluna e me vem uma sequencia múltipla que me sacode inteira. Finco as unhas nas costas dele, ele me envolve com força em seus braços e a gente fica ali, embolados, uns bons minutos. O suor escorre. Ele dá uma gargalhada, e eu fico sem entender nada.

 O que foi?
 Ah, gata, eu tinha uma reunião super importante hoje, acordei mais cedo que o normal, fiquei até bolado pensando que podia estar te incomodando, sei lá, o barbeador faz um barulho escroto... ai, perco a hora de qualquer jeito... Pelo menos, tenho que admitir: foi uma senhora foda!  fico meio sem jeito, e ele fica achando que é por causa do elogio... tadinho, eu toda mal intencionada, com raiva do barbeador elétrico dele, e ele preocupado em não me incomodar... ah, quer saber? ninguém perdeu nada aqui. Eu perdi o sono, ele perdeu a hora, e nós dois ganhamos muito mais. Deixo a sombra passar e pergunto:
 Vem tomar uma chuveirada comigo? Quem sabe você ainda chega a tempo?

A gente se ensaboa e a coisa pega fogo! É um tal de mão aqui, mão ali, e rola uma rapidinha sensacional. Esse era o gozo que faltava, e me bate o soninho que eu queria recuperar. Ele se enxuga apressado, veste as roupas meio amarrotadas sem muita preocupação. Eu me enrolo na toalha e vou até a cozinha enquanto ele se arruma, passo um café para ele e fico olhando ele tomar, sem me mexer. Ele sorri para mim, bebendo o café, e deixa a xícara sobre a bancada antes de vir na minha direção. Me dá um beijo na testa, achamos graça e ele me beija na boca. Acompanho essa incrível surpresa até a porta, esse vizinho mauricinho que calhou de ser uma foda fantástica. Ele me beija de novo. Abro e ele sai para o corredor, olhando para mim enquanto chama o elevador. Quando chega, ele abre a porta e quebra o silêncio:

 Me fala o teu nome?
 Renata. O seu?
 Maurício. (Credo, como é que eu ia saber?)
 Foi um prazer, Maurício...
 O prazer foi todo meu. Quer sair para jantar hoje?
 Não... Traz alguma coisa para a gente comer. Eu tenho vinho.

E ele ri alto e me deseja um bom dia. Ele sabe que vai ser bom...

Volto para a cama, me enrosco nos lençóis e afofo os travesseiros. Está quase na hora do gato acordar. Deixo a porta entreaberta para que ele possa entrar, se quiser. Ele vai tentar, sempre tenta. Mas nada me acorda hoje.

A não ser a campainha, mais tarde. Eu posso não saber o que vai ter para jantar, mas com certeza sei qual será a sobremesa...


terça-feira, 1 de abril de 2014

Espiando da janela

A vida cotidiana é uma correria, e às vezes a gente se distrai. Numa dessas distrações essa história que eu vou contar me aconteceu. Não vou reclamar, não...
Eu já tinha levantado mais cedo, levado as crianças para a escola e ido rapidinho ao mercado para comprar umas coisinhas que faltavam. Cheguei em casa correndo, organizei as compras e fui tomar um banho rápido, para não perder a hora do trabalho. Na pressa, me esqueci de fechar as cortinas do quarto, onde eu ia me arrumar depois do banho, mas eu moro no 8º andar, e não me preocupo muito em ser vista. Saí do banheiro nua e fui me arrumar no quarto, terminando ainda de me secar no caminho. Eu passei hidratante no corpo, vesti a calcinha e, quando já estava fechando o sutiã, olhei para a janela – e dei de cara com um homem me olhando.
Com o pau na mão.
O que me escapou foi que o prédio onde moro estava passando por uma reforma na fachada, e o andaime estava pendurado justamente na minha coluna! O cara, um tremendo negão, todo forte e suado, estava fazendo o trabalho dele e deu aquela sorte logo de manhã cedo: uma mulher desavisada, se exibindo sem perceber. O lance é que o cara se empolgou mesmo, e na hora que eu o notei, ele já estava manuseando o instrumento, tocando uma bem animada para a minha pessoa!
No primeiro momento a minha vontade era de sumir, mas foi me dando um calor... aquele pauzão maravilhoso, grosso, e bem envergado ali, todo durão para mim... ao invés de me inibir, aquilo me deixou super excitada. Olhei para o sujeito, que estava sem saber o que fazer, o pau na mão e paralisado – e dei um sorrisinho bem safado. Na hora o cara relaxou, e ficou me olhando, esperando o que eu ia fazer a seguir. Então eu desci a alça esquerda do sutiã, exibindo o bico do peito para ele, que já estava bem durinho de tesão. O cara recomeçou a punheta no ato, lambendo os lábios e respirando fundo. Eu cheguei para perto da janela e fui abaixando a outra alça, deixando os dois peitos para fora bem pertinho dele. A essa altura o cara não sabia se pegava nos peitos ou se continuava punhetando o pauzão, e eu puxei o assunto:
– Bom dia, tudo bem?
– Nossa, tá tudo ótimo, sim senhora...
– Então... tá gostando do privê? – nessa hora ele riu, meio nervoso.
– Tô sim, ô se tô...
– Quer pegar neles? Fui falando, muito da oferecida. Ele nem me esperou insistir: esticou a mão esquerda e ficou me bolinando os peitos, ora o esquerdo, ora o direito. A mão direita não largava o pau, mas o ritmo diminuiu. Ele resolveu aproveitar o momento, e eu entrei na onda.
– Sabe que essa bolinação toda está me deixando muito molhadinha?
– É mesmo? Ele perguntou, com um risinho sem vergonha no canto da boca.
– É, é sim. Deixa só eu te mostrar...
Deitei na cama, abri as pernas e afastei o fundo da calcinha, colocando à mostra a minha bucetinha rosa, depilada e muito molhada. Como a cama fica debaixo da janela, a visão do cara era perfeita. Ele ficou transtornado! Percebi o tesão que ele estava sentindo, e aquilo me deu uma volúpia tão forte que eu comecei a me tocar, acompanhando o ritmo da punheta dele... eu arfava de tesão na cama, apalpando com a mão livre os meus peitos, e ele ali, punhetando aquela pau lindo, que já estava quase explodindo de gozo. Ele me avisou que ia gozar, e eu pedi para ele mirar em mim, ali da janela mesmo. E na hora que ele esporrou, eu estava sentada na cama, com a cara no caminho daquele jato de leite quente. Ele deu um urro de tesão, tão alto que eu pensei que ia aparecer gente nas janelas dos vizinhos! Por sorte ninguém pôs a cara na janela, imagina só o espetáculo que eles iam assistir!
Depois de recuperado, ele me perguntou:
– Ficou na vontade, meu amor?
– É, não deu tempo...
– Então chega aqui mais pertinho... ele disse, colocando aquela mão para dentro da minha janela, me pedindo a buceta com os dedos. Foi irresistível! Fiquei de joelhos na beirada da cama e encostei no peitoril da janela, deixando a xana na altura da mão dele. Sem perder tempo, ele tocou a pele úmida dos lábios e encontrou o clitóris entre eles, começando a massageá-lo lentamente, prestando atenção na minha respiração... nossa, ele é profissional, viu? Em poucos minutos era eu que estava gozando como uma louca, e gemendo com vontade. Quando comecei a gritar, ele me tapou a boca com a outra mão e fez pressão no grelo com os três dedos no meio, liberando uma descarga elétrica por todo o meu corpo que me fez cambalear e cair sentada na cama, doida de prazer. Olhei para ele e vi que já estava ficando animado de novo, os dedos na boca provando o meu gosto. Aquilo me deixou tão alucinada... nem pensei duas vezes:
– Olha só, porque você não avisa ao encarregado que vai ter que olhar o serviço da minha janela por dentro, hein? Eu tô sozinha aqui, o que você me diz?
– Eu não preciso avisar a ele nada não. Posso entrar?
Então eu cheguei para trás e abri a janela toda. Ele passou as pernas para dentro, e pisou na minha cama com aquelas botinas sujas de trabalho. Foi abrindo o resto da roupa, exibindo aquele corpo incrível que nunca viu academia, aperfeiçoado pelo trabalho braçal, e aquele caralho já estava pronto para jogo, tão duro que apontava para o céu! Eu só tive tempo de chegar para trás, ele veio direto me chupar, a língua passeando assanhada pelas dobras da minha buceta e caprichando no grelinho, uma loucura! Eu peguei na cabeça dele e puxei pelos cabelos, fazendo ele me olhar nos olhos só para pedir para ele botar o cacete na minha cara. Ele se virou de lado e a gente começou um 69 genial, que só parou porque ele pediu, gemendo alto e dizendo que ia encher a minha boca de porra de continuasse. Quando eu disse para ele gozar, ele deu uma risada, veio por cima de mim e me deu um tapinha na bunda, daqueles estalados, que mais ardem do que doem, sabe? Ele me disse que não ia perder a oportunidade de meter aquela vara em mim, que não ia gozar antes disso. Eu levantei para pegar uma camisinha no armário, e ele colocou rápido, me puxou para baixo do seu corpo e meteu tudinho, sem dó! Nossa, que cacete sensacional! A cada estocada eu sentia os orgasmos chegando, numa sequencia perfeita que me deixou delirante e exausta, e ele deixou sua porra jorrar mais uma vez, tirando o pau de dentro de mim quando percebeu que eu já tinha gozado bem e bastante, e derramando seu leite sobre a minha barriga. Depois, ele saiu de cima de mim e veio mamar os meus peitos, dizendo que queria virar neném de novo, só para mamar nas minhas tetas. Enquanto mamava me apalpava inteira, se aproveitando bastante da chance de me abusar gostoso. E aí, de repente parou, se vestiu em dois segundos e saiu pela janela, como tinha entrado, descendo o andaime com um tchauzinho bem sem vergonha:
– Tchau, tesuda. Outro dia eu volto aqui e te fodo de novo, bem gostoso, tá? Vou te foder até cansar, minha vadia...

Nem disse nada, porque né, ele me fez sua puta e eu bem que gostei... Quando olhei para o relógio, peguei no telefone e liguei para o trabalho, avisando que ia faltar porque estava indisposta... Fechei as cortinas e me enrolei nos lençóis sujos de suor, porra, mel e botinas de trabalho. Sabe aquele soninho pós-gozo? Então...
Tara em uniforme? Conheço bem...



Proibidão

Bom dia, pessoas.

Ultimamente eu ando muito levada... tenho escrito muito erótica e não pretendo parar. Então, para não ficar feio para mim, mudei a configuração do blog para conteúdo adulto. Na prática, o que muda é que, antes de você acessar a página, vai ter que dizer que quer sim, saber do que se passa no meu mundinho vagabundo. Mesmo que seja só água com açúcar.

Ah, e vou colocar a página "Censurado" no rolo também, não vai mais ser necessária.

Para comemorar a maioridade do blog, posto ainda hoje um erótico novinho em folha!

Bjs mil!

segunda-feira, 31 de março de 2014

Tum-tum estereofônico

E nem é da tua carne que eu sinto falta. A carne é importante, mas é de menos. Todo homem tem piroca, é um fato biológico, e nem importa essa falácia de "mas não sabe usar", que qualquer mulherzinha bem mequetrefe consegue arrancar uma boa gozada de uma boa piroca. O caso é que a tua é pequena e nem é grossa o suficiente para uma fricção razoável. Eu gozava contigo porque eu te amo, e o amor brilha olhos que passam a ver belezas e habilidades especiais onde nem há. Eu penso que se hoje eu deixasse você me comer ia ser uma foda bem ruinzinha, mas o pós-foda... Ah, é disso que eu sofro mais: carência pós-foda.

Sinto falta de deitar a cabeça no teu peito, encostar minha orelha naquela depressão escrota que você tem lá... era onde eu ouvia melhor o teu coração, batendo num compasso sincopado e preguiçoso, e achava que aquilo era, só podia ser, amor. Hoje sei que o teu peito é oco, e que eu ouvia meus próprios batimentos. Tua caixa torácica reverberava a paixão que o meu coração executava em som estereofônico.

E ainda assim eu sinto falta, não nego. Negar para quem? E para quê? Sei o que carrego de você em mim, e não preciso que me lembrem, nem dou caso de esquecer. Elefantes... elefantes não esquecem jamais. Também não sigo por aí desfraldando bandeiras, declarando essa saudade. Calo e sigo. Só.

As noites que passo em outros braços, outros corpos em minha cama, suprem a necessidade de carne. O açougue está cheio! E depois do gozo, eu viro para o lado, encaixo a orelha onde imagino a depressão escrota no travesseiro e fico escutando o teu coração imaginário por um longo segundo. E converso com as lágrimas que ecoam a tua ausência estereofônica.

As regras do rolê

As regras do rolê são bastantes simples: Fode, mas não se apaixona. Se apaixonar, não fode mais, pra não se foder depois. Tudo o que te ...